Por Marcio Curvello

No último sábado, 17 de maio, o centro do Rio de Janeiro viveu uma experiência única de cultura, ritmo e identidade durante o evento Semana S, realizado na Praça Mauá. Em meio às diversas atrações, uma participação roubou a cena e encantou o público: a presença vibrante da galera do Baile do Viaduto de Madureira, que levou o melhor do charme para o coração da cidade.

Embora o charme tenha nascido das batidas da Black Music americana, foi nas ruas e clubes da Zona Norte do Rio que esse estilo ganhou alma, corpo e expressão própria. Desde os anos 1980, com o DJ Corello e seus lendários sets no clube Mackenzie, no Méier, o charme vem conquistando espaços e corações, passando por bairros como Marechal Hermes e Abolição, até encontrar sua casa definitiva sob o viaduto de Madureira, em 1990.

Durante a Semana S, esse legado cultural tomou conta da Praça Mauá. O asfalto virou pista de dança, e o centro histórico da cidade pulsou ao som de clássicos embalados por passos sincronizados e olhares cheios de orgulho. O público, diverso e envolvido, provou mais uma vez que o charme é mais do que música — é resistência, estilo e pertencimento.

E lógico: registrei tudo com minha inseparável parceira de jobs fotográficos — minha Nikon. A energia da galera, os sorrisos, os movimentos e o clima de celebração estão eternizados nas imagens que capturei. Curtam aí um pouco desse registro especial que mostra como o charme, vindo das raízes da Zona Norte, continua ocupando espaços e transformando o Rio de Janeiro num verdadeiro baile a céu aberto.

Marcio Curvello é repórter fotográfico, graduado em Fotografia, pós-graduado em Jornalismo e Pós-graduando em Fotojornalismo. Atua em coberturas culturais, esportivas e sociais no Rio de Janeiro.